O website Prevenção APAV foi reestruturado ao abrigo do Projeto e-SER - Recursos Digitais para sensibilizar e educar para os relacionamentos, promovido pela APAV e cofinanciado pelo Programa Cidadãos Ativ@s. Em Portugal, este programa é gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto.

Hora de SER é um programa de prevenção da violência nos relacionamentos interpessoais, desenvolvido pela APAV. Assente em valores de igualdade, respeito e não-violência, procura promover relacionamentos positivos através de aprendizagens e treino de competências específicas, de acordo com objetivos gerais, população-alvo e contexto de implementação.

Consulte o site: prevencao.apav.pt

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima divulga as estatísticas relativas Crimes Patrimoniais, no período 2020–2022. A APAV entende que os crimes patrimoniais se referem a todas as ações criminosas que atentam ou visam atentar contra o património de uma pessoa ou organização. É objeto do crime qualquer coisa que tenha valor: um carro, uma mota, uma bicicleta, um relógio ou joia, dinheiro, o telemóvel, entre outros. A APAV inclui nos crimes patrimoniais situações como abuso de confiança, abuso de cartão de bancário/de crédito, burla, dano, extorsão, furto e roubo.

Os crimes contra o património podem aumentar o sentimento de insegurança das pessoas, uma vez que estas percebem que podem ser atingidas no seu espaço privado ou em contextos que, até então, consideravam seguros. As pessoas sentem que estão a ser invadidas na sua privacidade, o que as assusta, promovendo a perceção e difusão do medo e sentimento de insegurança.

Para além do dano económico que geram, estes crimes podem ter um impacto emocional e psicológico, fomentando sentimentos de preocupação, desassossego, inquietude e de insegurança que afetam as rotinas das suas vítimas. Na verdade, a experiência de crime pode conduzir à adoção, por parte das vítimas, de medidas de prevenção que ainda que possam ser importantes, são inevitavelmente, na sua maioria, “redutoras” da sua liberdade de circulação e da sua qualidade de vida.

Entre 2020 e 2022, a APAV apoiou um total de 1.406 vítimas de crimes patrimoniais, que correspondeu a um aumento de 34,1%. Destas, 58,3% era do sexo feminino; 26,3% das vítimas tinha 65 ou mais anos de idade. A maior parte das situações de crimes patrimoniais que chegou ao conhecimento da APAV foi cometida na residência da vítima (32,5%); destacam-se também situações de criminalidade cometidas pela internet e/ou telefone (22,5%). Entre os crimes, destacam-se a burla, o dano, o furto e a extorsão, com 480, 285, 247 e 170 casos, respetivamente.

Conhecer estes crimes, os contextos em que têm lugar e as características das suas vítimas é fundamental para definir áreas e estratégias de intervenção. Também é importante que as vítimas saibam que podem beneficiar de apoio especializado para as ajudar a ultrapassar o impacto da experiência de vitimação e a definir estratégias para prevenir novos crimes.

A APAV está disponível para apoiar através dos seus diferentes serviços, nomeadamente da Linha de Apoio à Vítima 116 006 – dias úteis, das 08h00 às 23h00 – chamada gratuita e confidencial.

Estatísticas APAV | Crimes Patrimoniais 2020–2022

No dia 19 de dezembro foram celebrados protocolos que vão permitir a abertura de dois novos Gabinetes de Apoio à Vítima, em parceria com a Procuradoria-Geral da República, a Associação Mulher Século XXI e a APAV, junto dos Departamentos de Investigação e Ação Penal de Leiria e Setúbal.

A APAV terá a responsabilidade do novo GAV do DIAP de Setúbal, que se junta aos GAV dos DIAP de Braga e de Faro, já assegurados pela APAV na sua rede nacional de 76 serviços de proximidade de apoio à vítima.

Assinalando o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado no dia 25 de novembro, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima desenvolveu, em parceria com a agência criativa Carmen, a campanha de sensibilização “Nem mais um dia normal”, focada na violência sexual e no assédio contra as mulheres.

Física, psicológica ou sexual, a violência contra as mulheres persiste por todo o mundo e assume as mais variadas formas, ocorrendo em diversos locais: casa, emprego, escola e rua. Esta abrangência de cenários, cria, erradamente, o sentimento de normalidade em muitas situações de violência e, por isso, é necessário sensibilizar para esta problemática. 

A campanha de sensibilização “Nem mais um dia normal” pretende gerar a identificação de situações de violência e de assédio e incentivar à censura social e à sua denúncia, demonstrando de forma inequívoca, o que são situações de abuso e de normalidade que erradamente fomos aceitando. Esta campanha pretende ainda a criação de um sentimento coletivo de recusa do papel de vítima por parte de todas as mulheres que enfrentam, diariamente, situações de violência contra si. 

O lançamento desta campanha da APAV será assinalado, no dia 25 de novembro, através de uma ativação no Centro Comercial Colombo, em Lisboa: uma exposição que simula um percurso com vários tipos de assédio num “dia normal” de uma mulher – estará patente até dia 7 de dezembro. A campanha “Nem mais um dia normal” será ainda complementada com a divulgação de filmes nas plataformas digitais e televisão, spots de rádio, publicações nas redes sociais e inserções de anúncios na imprensa.