APAV divulga relatório de atividade na JMJ Lisboa 2023

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relatorio final APAVJMJ

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) divulga o relatório sobre os resultados das ações desenvolvidas na preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Portugal entre os dias 1 e 6 de agosto. No âmbito do protocolo assinado, a 2 de março de 2023, a Fundação JMJ e a APAV trabalharam em conjunto naquele que a Associação considera ter sido “um passo inovador na história dos grandes eventos” e que tornou as duas organizações “pioneiras” ao colocar, pela primeira vez, “o foco na vítima de crime ao nível do planeamento, abrindo assim caminho a que esta dimensão se converta em parte integrante da estratégia de segurança de eventos futuros em Portugal e no Mundo”. Aliás, este pioneirismo terá “despertado o interesse de congéneres internacionais” da APAV, que faz um “balanço extremamente positivo” desta iniciativa de colaboração conjunta.

Dos resultados obtidos ao longo das semanas de preparação e, mais tarde, de realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, destacam-se os seguintes aspetos:

Prevenção

    • Criação de dois manuais de boas práticas em português e inglês, descarregado na aplicação da JMJ dos peregrinos;
    • Site específico nas cinco línguas oficiais da JMJ, com informação sobre apoio e prevenção de abusos: 15 122 visualizações (77% dos quais em português);
    • Ações de formação para colaboradores, voluntários, chefes de equipa (em versão presencial e online) — que abrangeram 24 443 formandos.

Ação no terreno

    • Redes sociais da APAV fizeram 36 publicações sobre a JMJ, com uma média de 1 033 visualizações por post;
    • 9 membros das equipas da APAV estiveram no terreno nos dias da JMJ, nos espaços dos eventos centrais, percorrendo 840 km, numa média de 8,5 km/dia por colaborador presente;
    • Equipas móveis da APAV marcaram presença nas dioceses de acolhimento de Setúbal e Santarém, não tendo registado qualquer pedido de apoio;
    • Nos dias da JMJ, a APAV realizou 50 atendimentos presenciais, telefónicos e por correio eletrónico;
    • No total foram recebidos 30 pedidos de apoio, sendo que 12 dos quais (40%) não se referiam a suspeita da prática de quaisquer crimes;
    • 60% dos pedidos de apoio (18 situações) reportaram suspeitas de crime:
      • 5 casos de burla (16,7%);
      • 4 furtos (13,3%);
      • 4 suspeitas de tráfico de pessoas (13,3%), que aconteceram já depois da JMJ ter terminado e foram comunicadas à PJ;
      • 3 casos de importunação sexual (10%);
      • 2 casos de coação/assédio (6,7%).