Apoio médico e médico-legal

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Quando uma pessoa é vítima de crime e em especial de um crime violento deve sempre recorrer aos serviços de saúde: centro de saúde, serviço de atendimento permanente ou urgência hospitalar. Pode ainda recorrer ao Instituto Nacional de Medicina Legal: nas Delegações (Porto, Coimbra e Lisboa) e Gabinetes Médico-Legais presentes em todo o país - pode inclusivamente apresentar queixa da situação nesse local.

O facto da vítima recorrer ao apoio médico tem as seguintes vantagens:

» Permite que fiquem registadas as consequências físicas do acto criminoso;

» Permite avaliar a situação resultante do crime do ponto de vista médico, pois poderá necessitar de cuidados especiais, curativos ou exames específicos.

 

A Medicina Legal é uma especialidade médica e jurídica que utiliza conhecimentos técnico-científicos da Medicina para o esclarecimento de factos de interesse da Justiça. O exame médico-legal só se realiza quando é solicitado pelo Tribunal e a actividade pericial pode ser a vários níveis, como por exemplo, clínica médico-legal, psiquiatria forense ou tanatologia forense.

 

 

 

Como o crime o/a pode afectar

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As consequências de um crime podem ser muitas e diversificadas. Embora com variações, todas as vitimas se sentem perturbadas por um acto violento.

Quanto mais violento o crime, mais se verifica a afectação geral da vítima. Existem geralmente, um conjunto de consequências de carácter psicológico, físico e social que se manifestam após a vitimação e que podem ser determinantes para a vivência da pessoa.

Numa vitimação, a vítima não é, geralmente, a única pessoa em sofrimento. As testemunhas desta vitimação podem ser também afectadas. Também os familiares e amigos da vítima, ainda que não necessariamente testemunhas do crime, podem sofrer as consequências do mesmo.

Estas consequências, qualquer que seja a natureza da vitimação, verificam-se aos níveis físico, psicológico e social.

 

 

 

 

CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS

Os efeitos físicos incluem não só os resultados directos das agressões sofridas pela vítima (fracturas, hematomas, etc.), mas também a resposta do corpo e do organismo ao stress a que foi sujeito. No entanto, não aparecem todas ao mesmo tempo e a sua intensidade varia de pessoa para pessoa. Destas consequências podem dar-se os seguintes exemplos:

» perda de energia;

» dores musculares;

» dores de cabeça e/ou enxaquecas;

» distúrbios ao nível da menstruação;

» arrepios e/ou afrontamentos;

» problemas digestivos:

» tensão arterial alta.

 

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS

A ultrapassagem dos efeitos psicológicos posteriores a uma situação de vitimação pode revelar-se extremamente difícil. De facto, algumas pessoas chegam a recear perder o equilíbrio psíquico.As consequências psicológicas da vitimação podem ser:

» desconfiança;

» tristeza;

» diminuição da autoconfiança.

 

CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS

A vitimação obriga por vezes a profundas alterações estruturais da vida quotidiana (a mudança de casa ou de emprego, etc.). O abalo geral ou parcial do seu projecto de vida implica geralmente:

» sentimento de solidão;

» tensões familiares e conjugais;

» medo de estar sozinho;

» sentimentos de insegurança.

Estes sintomas e sentimentos desaparecem após algum tempo, mas para algumas pessoas eles podem ser prejudiciais. Podem afectar a sua saúde ou as suas relações com os outros. É importante cuidar de si e procurar o apoio e o tratamento de que necessita para ultrapassar esta situação.

 

Como a vítima reage ao crime/violência

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O crime pode afectar as pessoas de muitas maneiras diferentes. As pessoas não reagem todas da mesma forma numa situação de crime. Todas as reacções são possíveis e normais. A maioria das pessoas após serem vítimas de um crime, sentem-se muito confusas e desequilibradas.

A forma como uma pessoa reage a um crime depende:

» do tipo de crime;

» se conhece a pessoa que cometeu o crime;

» o apoio que a sua família, amigos, polícia e outras organizações lhe prestaram após o crime.

 

É normal que tenha sentido as seguintes reacções dependendo do tipo de crime:

 

» durante o crime:

» pânico geral;

» pânico de morrer;

» impressão de estar a viver um pesadelo;

» impressão de que o agressor tem uma raiva pessoal contra si.

 

» imediatamente após o crime:

» desorientação geral;

» sentimento de solidão;

» estado de choque.

 

» nos dias seguintes:

nos dias que se seguem ao crime, as pessoas costumam pensar se aquilo que sentem é normal. Sentem-se muito desprotegidas e ao mesmo tempo procuram a companhia da família e dos amigos. É a altura em que deve procurar apoio para a sua situação.

 

 

 

O que fazer se foi vítima de crime

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CONSELHOS GENÉRICOS

 

» Manter, se possível, a calma;

» Na posse dos seus elementos de identificação (bilhete de identidade, passaporte ou outro) deve dirigir-se a uma esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP), posto da Guarda Nacional Republicana (GNR), piquete da Polícia Judiciária (PJ) ou directamente junto dos Serviços do Ministério Público para apresentar queixa criminal e exigir um documento comprovativo da queixa ou denúncia efectuada;

» Pode igualmente apresentar queixa por via electrónica - Ministério da Administração Interna.

 

Pode encontrar nos seguintes micro sites da APAV a informação e os contactos necessários por tipo de crime / forma de violência:

- Homicídio (familiares e amigos de vítimas)

- Violência Doméstica

- Violência Doméstica entre Pessoas do Mesmo Sexo

- Violência no Namoro

- Tráfico de Seres Humanos

Mutilação Genital Feminina

- Violência Sexual

- Stalking | Assédio Persistente

- Bullying & Cyberbullying

- Furto & Roubo

- Carjacking

- Fraudes & Burlas

- Outros crimes contra o património

Discriminação

 

Tem ao dispor estes microsites da APAV para os seguintes grupos de pessoas:

- Crianças e Jovens

- Pessoas Idosas

- Imigrantes

- Turistas

 

 

 

 

Vítima

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Ser vítima de crime pode ser uma experiência difícil e traumática.

Cada um de nós pode ser, num dado momento da vida, vítima de um crime. O impacto do crime na vida da vítima pode ser tremendo e avassalador, dependendo de cada pessoa, do tipo de crime, das suas circunstâncias.

Cada pessoa reage à experiência de ser vítima de crime de forma diferente: enquanto uns conseguem reagir e lidar com isso, prosseguindo a sua vida normal sem que a vitimação os afete; muitas pessoas sofrem um grande impacto negativo nas suas vidas. Não existe uma maneira “correta” ou “certa” de se reagir ao crime – os sentimentos e as suas emoções após o crime são reações normais a um acontecimento, esse sim, nada normal – ser vítima de um crime.

Quem é vítima de crime pode originar ansiedade e dificuldade de concentração, sentimento de culpa, depressão, isolamento, perturbações em dormir, entre muitas outras reações.

As pessoas que são vítimas de crime, muitas vezes não sabem, ou têm dúvidas sobre o que fazer. Necessitam de alguém, que de uma forma amiga e solidária, as possa escutar, compreender e ajudar. A APAV existe para isso: para ouvir, aconselhar e apoiar a vítima de qualquer crime a lidar com os efeitos e consequências do crime. Tenha ou não participado o crime às autoridades.

Escutamos de forma atenta e interessada. Informamos e aconselhamos sobre os seus direitos e como exercê-los.

Esclarecemos e acompanhamos no relacionamento com as autoridades policiais e judiciárias, orientando e ajudando nas diligências a tomar.

Ajudamos a Vítima e seus familiares a superar o sofrimento da vitimação.

Apoiamos e encaminhamos para os apoios sociais existentes. Prestamos apoio emocional, jurídico, psicológico e social a quem é vítima de crime e a seus familiares, desenvolvendo um processo de apoio qualificado.

Os serviços de apoio prestados a cada vítima são gratuitos e confidenciais.

 

A APAV apoia as vítima de TODOS os crimes, seus familiares e amigos:

- pela Linha de Apoio à Vítima 116 006 (chamada gratuita)

- diretamente num dos Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV

- por email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.