Quando uma pessoa é vítima de violência, pode ter reações muito variadas durante ou após a situação, quer ao nível das emoções, quer ao nível dos pensamentos e/ou comportamentos – a isto chama-se o impacto da vitimação.
Essas reações são normais tendo em conta o que se passou e sobretudo se pensarmos que a violência sexual contra crianças e jovens é algo pelo qual ninguém espera ter de passar.
São também reações temporárias - o que significa que a vítima não se vai sentir, pensar e comportar dessa forma para sempre.
A forma como a vítima reage à situação depende de muitos fatores, entre os quais:
A relação entre a vítima e o/a autor/a: se ambos/as forem próximos (ex.º familiares, ou tiverem uma relação de amizade/namoro), o impacto negativo pode ser maior, porque a vítima pode sentir-se traída ou desiludida pelo comportamento da pessoa que praticou o ato;
A forma como se comportou a pessoa que praticou a violência: o impacto da violência pode ser mais negativo se o/a autor/a da violência ameaçar ou chantagear a vítima para que ela não conte o que aconteceu;
A existência de violência física: os atos de violência sexual que envolvem força física (ex.º agredir ou amarrar a vítima) podem causar um impacto mais negativo na vítima;
O estado emocional e a personalidade da vítima: se a situação violenta acontecer numa altura da vida em que a vítima está mais “em baixo” ou mais desanimada, pode ser mais difícil ultrapassar a situação;
A existência de pessoas que apoiam a vítima: se as pessoas de quem a vítima mais gosta souberem do que se passa e estiverem por perto para reconfortar e apoiar a vítima, será mais fácil que esta lide com a situação e ultrapasse o que aconteceu.
Não somos todos/as iguais!
É importante referir que nem todas as vítimas reagem da mesma forma às situações, mesmo que sejam aparentemente parecidas.
Há pessoas que, depois da situação violenta, ficam muito afetadas, enquanto outras ultrapassam melhor a situação - e isso é normal.
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